"Now the Spirit speaketh expressly, that in the latter times some shall depart from the faith, giving heed to seducing spirits, and doctrines of devils; Speaking lies in hypocrisy;having their conscience seared with a hot iron;"1 Timothy 4:1-2

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Usos e Costumes - um pouco mais da história

Sobre a origem dos usos e costumes dentro das Assembleias de Deus as opiniões são divergentes. Alguns creditam sua gênese somente aos missionários pioneiros. Outros aos obreiros brasileiros, os quais refletiam nos ensinamentos seus conceitos de santidade apoiados na cultura da época.

Silas Daniel no História da CGADB, ao comentar sobre a polêmica resolução do presbitério da AD em São Cristóvão sobre o assunto, aponta Gunnar Vingern e Otto Nelson como "os missionários suecos mais rígidos em termos de vestimentas".

Membros da AD Florianópolis: "vestes santas"
Outros autores apontam os próprios pastores nativos, que perpetuaram certos costumes influenciados pela tradição católica. Altair Germano em seu blog cita Robson Calvalcanti, o qual em seu livro A Igreja, o país e o mundo: desafios a uma fé engajada comenta "sobre questões culturais, e de forma mais específica, sobre a maneira das mulheres 'Assembleianas' se vestirem":
Por que as mulheres da Assembleia de Deus no Brasil se vestem assim, quando em outros países do mundo, até mesmo da América Latina, não o fazem? É um costume da Assembleia de Deus no Brasil. Aí, você vai descobrir que essa denominação não começa no sul, mas no norte e no Nordeste, na zona rural. Converteram-se pessoas que vinham da Igreja Católica, da religião popular. E quem viveu no interior do Nordeste, nos anos de 40-60, percebe que a beata católica tinha como características não se pintar, usar cabelos longos presos e roupas longas. Tal costume, então, dessa denominação é, na verdade, uma absorção da cultura católica popular, que depois se tornou doutrina.
Para o pastor e teólogo Jesiel Padilha foram os líderes nativos e não os escandinavos os responsáveis por tamanha rigidez. Segundo o escritor as "exigências de comportamento das mulheres em relação a cabelo, roupas, sapatos foram intensificados por esses líderes". 

Não só isso, a "cartilha do que poderia ser usado, ou não, onde o crente poderia circular ou se poderia participar ou frequentar algum recinto seria o tema principal das plenárias convencionais".

Pastor Jesiel no seu livro biográfico Carlos Padilha: combati o bom combate traz algumas pérolas sobre as questões de usos e costumes nas ADs:
Na década de 1960 era inadmissível uma filha de um Pastor brasileiro, mesmo que tivesse dez anos cortar o cabelo. Se isso ocorresse a contraventora era disciplinada e impedida de participar dos conjuntos vocais e outras atividades. A franja era chamada de chifre do bode, inclusive na década de oitenta era comentado em cultos de doutrina corriqueiramente. (p.26)
A bateria era o bicho papão para muitos pastores. A resistência dos presidentes contra a bateria foi muito mais forte. Só na década de 90 é que foi liberada. Muitos pastores diziam que a bateria era o trono de Satanás e nela o camarada pintava e bordava balançando o corpo freneticamente e batendo em todas as direções. Diziam até que a pessoa estava endemoninhada. (p.91)
Ainda segundo o pastor Padilha na década de 1960 se presenciou "a onda do sectarismo religioso e do radicalismo, onde tudo era pecado - assistir televisão, cuspir, beber Coca-Cola, usar tênis e jeans e outras proibições esdrúxulas". Ironicamente, o autor chama esse período de"onda do talibã religioso" nas igrejas pentecostais.

Após tantas controvérsias sobre o tema, muitos membros das ADs ainda observam os usos e costumes deixados pelos pioneiros. Alguns praticam parcialmente, enquanto outros abandonaram completamente as antigas normas. A denominação com certeza em diversos lugares não superou o tema e nem abandonou seus antigos princípios. 

Fontes:

DANIEL, Silas. História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

PADILHA, Jesiel. Carlos Padilha: combati o bom combate. Duque de Caxias, RJ: CLER - Centro de Literatura Evangélica Renascer, 2015.

http://www.altairgermano.net/2009/04/usos-e-costumes-assembleianos.html
Pastor João Nogueira de lima sou também Jornalista MTB 006712 SP Ativista social e musico.
"DEUS NOSSO PAI SEJA SEMPRE LOUVADO"

Usos e Costumes nas ADs

Usos e costumes nas Assembleias de Deus. Eis um assunto controverso e polêmico. Acreditou-se por muito tempo na preservação dos costumes por longo período. Segundo Isael de Araújo no Dicionário do Movimento Pentecostal os "usos e costumes estiveram profundamente arraigados à própria imagem que os pentecostais faziam de si mesmos". Para o autor "os usos e costumes formam [ou formavam] a identidade estética" dos pentecostais brasileiros.

As novas gerações de assembleianos desconhecem praticamente a lista de restrições dadas e cobradas dos crentes antigos. Alguns até fantasiam a igreja antiga como uma comunidade mais "santa", onde servir a Deus "era melhor". Mas antigamente as coisas eram melhores? Não há uma resposta exata. Cada geração de crentes experimenta coisas boas e ruins, vantagens e desvantagens em seu tempo. Mas vale lembrar que, a sociedade em si também era mais conservadora e despojada de luxos e consumismo. Ou seja, muitos dos costumes foram herdados da própria sociedade na qual estava inserida a igreja, e conservados na instituição enquanto o "mundo" exterior se transformava.

Crentes de Madureira em 1953: usos e costumes em alta

Memórias das Assembleias de Deus selecionou alguns relatos sobre os costumes antigos. Lógico que os usos e costumes dependiam da região e ministério no qual o crente estava localizado. Mas vamos a uma pequena amostra das "doutrinas ferozes" como dizia o pastor Epaminondas.

Ela [a igreja] exigia, por exemplo que os homens usassem chapéu e as mulheres usassem meia. Eles colocavam um porteiro na porta: 'Dá licença, irmã'. Se a irmã não tivesse meia, podia voltar (...) Isso criou muito embaraço para a igreja". (Pastor Ducler de Oliveira em entrevista a Ricardo Mariano) 
A Assembleia de Deus do Brás, por exemplo, na época tinham uma doutrina rigorosa. Tinham que usar chapéu, usar gravata. A mulher não podia andar de sapato aberto, tinha que usar fechado, manga no braço até embaixo... (Kalil Luta membro da AD do Belezinho e político em entrevista a Ricardo Mariano) 
Algumas características  acentuadas do Ministério de Madureira que divergiam das igrejas da Missão é que eles iam longe demais na questão de usos e costumes bem mais do que a Missão. Eles faziam restrições até absurdas como, por exemplo, não tomar banho de sabonete para não ficar cheirando perfume, que isso era vaidade, desodorante nem pensar. Você não podia usar roupa que tivesse qualquer traço vermelho ou gravata vermelha também. Era absurdo, porque estava brincando com o sangue de Jesus. (Pastor Valter Brunelli em entrevista a Ricardo Mariano)
Se algum crente bebesse guaraná ou qualquer outro refrigerante, eu o excluía. Para mim, as mulheres deveriam andar com as mangas dos vestidos fechadas até o punho, e as saias bem abaixo dos joelhos. Os cabelos até podiam ser trançados, mas sem qualquer enfeite. Sapatos, só de salto baixo, e não podiam usar cinto. Os homens deviam vir ao culto de terno e gravata(Epaminondas José das Neves em entrevista ao jornal O Assembleiano - out/nov de 1991) 

Ainda segundo o pastor Epaminondas, um dia na cidade paranaense de Ibiporã encontrou os pastores Artur Montanha, Satyro Loureiro e João Ungur tomando refrigerante num bar. Ficou escandalizado e pensou "Esses catarinas não são crentes, não têm doutrina".

Segundo depoimento de crentes do Rio de Janeiro, Paulo Macalão não permitia os membros de Madureira tomar refrigerante. Quando havia algum aniversário ou confraternização, os irmãos saboreavam suco de caju.

Por enquanto é só. Em outra postagem mais casos serão relembrados. Em determinados locais do Brasil alguns costumes prevalecem. E as polêmicas em torno deles também...

Fontes:

ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.


MARIANO, Ricardo. Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. São Paulo: Edições Loyola, 1999.
Pastor João Nogueira de lima sou também Jornalista MTB 006712 SP Ativista social e musico.
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AD em Madureira e seu conservadorismo

Por André Silva

Quando o assunto é usos e costumes, uma igreja é lembrada por seu passado de extremo rigor no assunto: a Assembleia de Deus do Ministério de Madureira. Conhecida por ser uma igreja de oração, sinais e prodígios e de crescimento vertiginoso, Madureira também era famosa pela exclusão de membros, e a cobrança exacerbada dos usos e costumes tidos por muito tempo como doutrina primaz.

Há diversas informações de fatos que marcaram o período de extremismo, onde o conceito do pastor Paulo Leivas Macalão a respeito de usos e costumes era lei. Conservador, Macalão colocou de forma oficial as regras para manter inalterados os costumes nas Assembleias de Deus.

O Ministério de Madureira se manteve conservador na área de usos e costumes, tendo por longo tempo regras rígidas para os membros. As mulheres eram proibidas de usar cabelos soltos e de cortá-los. Saias curtas, decotes, pinturas, roupas justas, maquiagem e jóias também eram condenadas. os membros não podiam usar adereços, no máximo a aliança de noivado ou casamento. Aos homens era proibido o uso de barba ou cabelos longos, bem como o uso de bermudas e de lazeres como ir à praia, cinema, futebol e teatro.

AD Madureira: Extremismo em usos e costumes
A televisão era terminantemente proibida. O pastor Paulo Leivas Macalão declarou certa vez:
Desde as minhas visitas a outros países, tenho notado que os melhores programas são os imorais, esses aparelhos têm trazido uma contribuição negativa para a vida da igreja, tanto no aspecto espiritual com também no aspecto físico de cada crente, eu não possuo nem desejo possuir televisão em minha casa, todo cuidado devemos ter para que os crentes permaneçam afastados desse meio de comunicação.
A Igreja em Madureira, além dos usos e costumes tradicionais assembleianos, também designou o uso de meias grossa e manga longa para as mulheres. Aos homens era determinado o uso do chapéu e terno. Era proibido bater palmas nos cultos e ao adentrar no culto de membros (alusão ao antigo culto de doutrina), o mesmo deveria apresentar o cartão de membro, o qual era extremamente valorizado, e só participavam da Santa Ceia os crentes em comunhão.
Macalão em entrevista ao Mensageiro da Paz (novembro de 1979), o declarou: "o mundo, portanto evolui para o pecado. A igreja deve evoluir para a santidade". Assim, o rigor das proibições eram vistos como uma busca pela “santidade” pessoal perante a sociedade, dentro dos padrões exigidos pelas Assembleias de Deus.

Tal rigor levou os principais ministérios da AD do Rio de Janeiro na década de 1960, a passar por atritos entre sua lideranças. O Ministério de Madureira e de São Cristóvão rivalizavam devido a questão dos usos e costumes. Madureira afirmava que era a igreja original brasileira, enquanto tachava de liberal a Assembleia de Deus em São Cristóvão - denominada respectivamente de “Igreja da Missão” – assim as igrejas fundadas e lideradas pelos suecos.

A Assembleia de Deus de Madureira passou a não aceitar os membros de São Cristóvão e considerava aquelas igrejas como “desviadas”. Macalão pregava em Madureira aos brados que os crentes da Assembleia de Deus da “Missão” não estavam em santidade como deveriam, porque lá eles não andavam como “os verdadeiros crentes das Assembleias de Deus”. “Eles estão andando como mundanos” enfatizava ele.

Já o pastor Túlio Barros Ferreira (líder de São Cristóvão) sempre defendia a sua posição: “Eu diria que a Assembleia de Deus em São Cristóvão é a igreja original. Ela deu realmente origem a todas as igrejas das Assembleias de Deus do Rio de Janeiro”.

Para amenizar os conflitos foram realizados nos dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro de 1971 dois cultos de confraternização, respectivamente, na Assembleia de Deus de Madureira e na Assembleia de Deus em São Cristóvão.

Em Madureira, no início do culto, o pastor Paulo Macalão passou a direção do trabalho ao pastor Túlio Barros Ferreira, que pregou a mensagem oficial da noite, falando dos esforços ininterruptos que o inimigo de nossas almas, Satanás, tem empregado para tentar dividir as Assembleias de Deus no Brasil; mostrou que o Leão da Tribo de Judá, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, interferira em favor do seu povo, fazendo brotar nos corações o espírito conciliatório, e envergonhando o inimigo. 

O pastor Túlio Barros salientou que não existe mais a Assembléia de Deus do Ministério de Madureira e a Assembleia de Deus do Ministério de São Cristóvão, e sim uma só igreja. Nesta atmosfera saturada pelo Espírito Santo, o culto foi encerrado.

Semelhantemente, o Espírito de Deus pairava entre as centenas de irmãos que se reuniram na Assembleia de Deus em São Cristóvão, no culto de retribuição à visita feita a Madureira. Nesse culto ficou patente que a única finalidade das Assembleias de Deus no Brasil é arrancar as almas das garras de Satanás, para fazerem parte de um Reino que tem sua sede no Céu, onde não há divisões.

Em 1971, na Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, realizado em Niterói (RJ) - Na sessão convencional da manhã, do dia 20/01, os convencionais apreciaram as pazes dos pastores Túlio Barros e Paulo Macalão, que antes com o desentendimento não se saudavam nem com a “ Paz do Senhor”.

Nota do editor do blog: nessa questão da saudação qualquer semelhança com alguma região do Brasil é mera coincidência...

ANDRÉ SILVA foi ministro do Evangelho pela CONAMAD. Historiador e pesquisador da História do Ministério de Madureira. Autor do livro História da Assembleia de Deus em Bangu. Colaborador com o material histórico da Bíblia do Centenário das Assembleias de Deus e livro histórico do Cinquentenário da CONEMAD-RJ, ambos lançados pela Editora Betel.

Pastor João Nogueira de lima sou também Jornalista MTB 006712 SP Ativista social e musico.
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Cícero Canuto de Lima: oposição ao ensino teológico


"Sentado em uma velha poltrona, entregue a seus pensamentos". Assim descreveu a reportagem daFolha de São Paulo o velho pioneiro e antigo pastor das Assembleias de Deus no Brasil. Aos 89 anos de vida e 60 de ministério, Cícero ainda conservava "o sotaque de sua terra e a marca de caráter de um homem que foi formado na luta diária contra a terra árida e na formação mais rígida que as Igreja Pentecostais já tiveram no Brasil". Reclamava dos rumos da igreja, do sucessor e do seu esquecimento.

Pastor Cícero: para ele era "mortalmente perigoso um obreiro adquirir tanta eficiência"
Esse relato sobre o patriarca, é uma imagem que realmente a história oficial da denominação não pretende divulgar. Assim como o mítico missionário sueco Daniel Berg, Cícero foi relegado ao ostracismo após não fazer seu sucessor no ministério, e perder seu poder e influência na denominação que ajudou a construir.

Mas quais seriam as outras características da vida e ministério de Cícero Canuto de Lima? Somente quem conviveu com o pioneiro poderia responder essas questões. José W. Bezerra da Costa, em sua biografia escrita por Isael de Araújo cede algumas informações, mas é a versão de José Wellington, ou seja, seu ponto de vista acerca do velho pioneiro dentro do convívio ministerial. Porém, nesse reduzido espaço se tentará oferecer um panorama desse ícone assembleiano.

Gedeon Alencar em sua tese de doutorado e em tom crítico, destaca o fato de Cícero (assim como Paulo Macalão) ter sido ainda muito jovem separado ao pastorado. Mas conforme o tempo passou, o líder assembleiano não proporcionou oportunidades aos mais jovens. Via com desconfiança qualquer novidade nos apriscos da AD, e relutava contra as transformações em andamento na igreja.

Para se ter um exemplo disso, quando a implantação de institutos bíblicos estava em andamento nas ADs, pastor Cícero de Lima fez questão de entrevistar pessoalmente o pastor da igreja Filadélfia Willis Sawe e, nas linhas do Mensageiro da Paz ( maio de 1967 p.4), refutar o modelo de formação de obreiros que se pretendia implantar nas igrejas. Na época, se usava o exemplo da igreja sueca, a qual teria uma escola de preparação para obreiros chamada de Kaggeholm. A entrevista, é dirigida de forma a esclarecer, que a famosa escola era na verdade uma instituição de formação primária, e não um seminário teológico. 

Tirada essa dúvida sobre a função da instituição, Cícero afirma que não havia desprezo pela cultura em si, mas que numa escola teológica os obreiros são "estampados", ou seja, ficam determinados a um "molde", perdem sua "originalidade pessoal". Para ele era "mortalmente perigoso um obreiro adquirir tanta eficiência, que perca a humildade e não dependa de Deus". Salienta ainda que "não localizamos nas Escrituras que nos dias apostólicos houvesse qualquer educandário que formasse pastores e pregadores" pois na sua visão os obreiros deveriam confiar "somente" e "inteiramente" na ajuda do Espírito Santo.

Quase 15 anos depois dessa entrevista, o patriarca declara a Folha que: "O Espírito de Deus se encarrega de nos iluminar, de nos orientar". Até o fim da vida afirmou isso, pois segundo ele, seria melhor gastar dinheiro com a evangelização do que na construção de seminários. Sabe-se que o IBAD foi erguido e iniciado em Pindamonhangaba (SP) contra vontade geral da cúpula assembleiana, e ainda por cima na jurisdição eclesiástica do Belém. Não foi fácil o convívio dos fundadores do IBAD com Cícero de Lima, o qual representava a oposição ao modelo de ensino teológico que se tentava implantar nas ADs no Brasil.

Cícero até o fim da vida foi fiel aos seus princípios. Mas percebeu que a igreja e o ministério, o qual ajudou a construir tomavam um rumo diferente do que ele queria. Seu ostracismo revelava que novos tempos estavam se impondo. José Wellington, em sua biografia, ao narrar os lances da sucessão do seu antigo pastor, lembra uma frase, a qual seria uma síntese do que Cícero de Lima vivia. Ao ver seu indicado ser rejeitado no ministério do Belém para sucedê-lo, teria dito: "Eu não estou mandando é mais nada. Vou embora".  Por ironia do destino, a escola teológica fundada no Ministério do Belém em SP, após sua morte levou o seu nome. 

Fontes:

ALENCAR, Gedeon Freire de. Assembleias Brasileiras de Deus: Teorização, História e Tipologia- 1911-2011. Pontifícia Universidade Católica: São Paulo.

ARAÚJO, Isael de. José Wellington: biografia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

Acervo.folha.com.br

MENSAGEIRO DA PAZ. Rio de Janeiro: CPAD, maio de 1967.

Pastor João Nogueira de lima sou também Jornalista MTB 006712 SP Ativista social e musico.
"DEUS NOSSO PAI SEJA SEMPRE LOUVADO"

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Jesus é Senhor [é Deus] e Salvador


Muito cuidado com os inimigos da cruz. As seitas negam a divindade de Jesus, isto é, dizem que Jesus não é Jeová; que Ele não é nosso Senhor e Salvador. Esses são os anticristos. As Igrejas Cristãs atestam que o Filho – JESUS – é o Deus encarnado. Eis o que diz a Bíblia:



01) Jesus é Jeová, que se fez homem e habitou entre nós (João 1.1,2, 14).

02) O próprio Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10.30, 38)

03) Jesus disse: “Quem me vê a mim, vê o Pai” (João 14.9; 2 Co 4.4).

04) Jesus disse: “Antes que Abraão nascesse, EU SOU” (João 8.58); “Se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados” (João 8.24). Jesus usou o mesmo nome usado por Jeová: EU SOU (Êx 3.14). “Eu Sou” transmite idéia de eternidade. Jesus é Eterno; não foi criado. Os inimigos de Cristo morrerão em seus pecados.

05) Jesus é Senhor dos vivos e dos mortos (Romanos 14.9).

06) Jesus é o Criador de todas as coisas (João 1.3; Cl 1.15-17).

07) Jesus é o “nosso grande Deus e Salvador” (Tito 2.13; 2 Pe 1.1,11).

08) Jesus deve ser adorado como Deus (Hb 1.6-8).

09) Devemos adorar somente a Deus (Mt 4.10), mas Jesus recebeu e aceitou adoração porque se igualava ao Pai (Mt 2.2,11; 8.2; 14.33; 28.9; Jo 9.38).

10) A Bíblia diz que a Igreja é de Deus (Atos 20.28). Igualando-se a Jeová, Jesus diz: “Minha Igreja” (Mateus 16.18).

11) A Bíblia diz que Jesus é DEUS-CRISTO e que nEle habita TODA a divindade (Colossenses 2.2-3, 9).

12) Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14.6). O artigo definido “o” identifica, individualiza e indica Jesus como a única verdade.

13) A Bíblia diz que Jeová é autor da vida (1 Samuel 2.6). O mesmo título é dado a Jesus (Atos 3.15).

14) A Bíblia diz que somente Deus pode perdoar pecados (Isaías 1.18; 43.25; Provérbios 28.13; Mateus 6.12; Lucas 5.17ss). Jesus, na qualidade de Deus feito homem, e conhecendo os corações dos homens, perdoou muitos pecadores (Lucas 23.43; João 5.14; Mateus 9.2).

15) A Bíblia chama Jesus de Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Isaías 9.6).

16) Ao ver Jesus ressuscitado, Tomé disse: “Senhor meu e Deus meu” (João 20.28). Jesus não repreendeu o discípulo por ter sido chamado de Deus e Senhor. Ele é realmente Deus, Senhor e Salvador.

17) A Bíblia diz que Jesus é “Deus bendito eternamente” (Romanos 9.5).

18) A Bíblia diz que Jesus é “o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5.20).

19) A onipotência é atributo exclusivo da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Jesus se declarou onipotente: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim; aquele que é, que era e que há de vir, o TODO-PODEROSO” (Ap 1.8).

20) A Bíblia diz que Cristo é o nosso Salvador (Tito 3.4-6). O próprio Jesus declarou ser Salvador (Mt 18.11; João 3.18).

21) A Bíblia diz que em nenhum outro nome há salvação, somente em Jesus Cristo. Jeová salva e Jesus salva porque os dois são UM (Atos 4.12).
 




Pr. Airton Costa 

Posso chamar Deus de “você”?

Posso chamar Deus de “você”? Sei que essa parece ser uma pergunta boba  e sem muita importância para nossa vida espiritual, mas tanta gente começou a chegar a mim com essa dúvida nos últimos tempos que resolvi dar uma certa atenção a ela. Confesso que eu mesmo nunca tinha gasto muito tempo pensando sobre isso e fiquei curioso: será que chamar o Senhor de “você” é desrespeitoso? Será que apenas o “tu” configura honra ao Altíssimo? Para chegar a um veredicto, precisei fazer uma pesquisa sobre as origens dos termos e sobre o que a Bíblia tem a dizer sobre o assunto. É o que apresento neste texto e você poderá tirar suas próprias conclusões.
É importante frisar que só decidi investir um certo tempo nessa investigação porque percebi que, de fato, o problema tem implicações práticas. O que ocorre, em geral, é que, se uma pessoa que considera desrespeitoso chamar Deus de “você” ouve um pregador se dirigir ao Todo-poderoso por essa forma de tratamento, um detalhe como esse pode prejudicar a receptividade à mensagem pregada. A preleção pode ter sido totalmente bíblica, mas o fato de o pregador ter se dirigido a Cristo como “você” fez o irmão (ou a irmã) sair do culto chateado. O mesmo ocorre no caso de um louvor, pois, se você não concorda que é digno dirigir-se a Jesus como “você”, ao ouvir um hino em que ocorra essa forma de tratamento vai se desligar do céu e fechar a cara. Acredite: não são poucas as pessoas que se sentem extremamente desconfortáveis ao ouvir alguém chamar Deus de “você”, pois consideram que o “tu” sim é um tratamento digno para um rei, uma forma mais respeitosa e reverente de se dirigir à divindade.
Quero deixar bem claro que respeito totalmente quem desqualifica o “você” no tratamento de Deus. Mas permita-me apresentar minhas conclusões.
Para começar, fui investigar por que razão o uso do “tu” está tão associado na nossa mente com a forma correta de tratar Deus. E descobri que o motivo não tem absolutamente nada de bíblico. É uma razão meramente cultural. Acompanhe o raciocínio:
vc2Tudo começa em Portugal. Lá, as pessoas se tratam, essencialmente, por “tu” – há muitos séculos. No dia a dia, é extremamente raro você ver um português se dirigir a outro por “você”. Simplesmente não faz parte da cultura lusitana, ao contrário do que ocorre no Brasil. Hoje, se você viajar a Portugal, verá que as pessoas na rua sempre vão se dirigir a você como “tu”, o que poderá ser um tratamento extremamente informal. Com isso em mente, lembre-se de quem foi o primeiro tradutor da Bíblia para a nossa língua: João Ferreira de Almeida (1628-1691). Ocorre que ele era não um brasileiro, mas, sim, um português. É de se considerar que ele escolhesse na tradução das Escrituras o termo mais utilizado no país em que nasceu e cresceu.
Portanto, Almeida não usou o “tu” por qualquer razão bíblica, mas simplesmente porque fazia parte do seu jeito de falar, da cultura em que estava inserido, do jeito que era usual na sociedade onde vivia.
Com o passar do tempo, as traduções Almeida Revista e Corrigida (ARC) e Almeida Revista e Atualizada (ARA) – as mais adotadas no Brasil até a chegada da Nova Versão Internacional (NVI) e que até hoje são extremamente utilizadas nas igrejas – mantiveram o “tu”, uma herança das origens portuguesas da tradução da Bíblia para nosso idioma e do jeito de falar do tradutor português de 400 anos atrás.
Logo, em sua raiz, o “tu” não representa necessariamente nenhuma formalidade, tampouco respeito. Era simplesmente o jeito de falar do português comum da época de Almeida.
vc3Entendido isso, vamos analisar quais são as origens do termo “você”. Para nós, brasileiros do século 21, essa é uma forma de tratamento que transmite uma certa informalidade. Isso, junto ao fato de que nas traduções da Bíblia para o português Jesus sempre foi tratado por “tu” (pela razão que expliquei acima), acabou criando muita antipatia ao uso do “você” para se dirigir a Deus. Como estamos viciados em ler na Bíblia o Pai e o Filho serem tratados por “tu”, parece uma coisa estranha, fora de lugar, nos dirigirmos à divindade por “você”. Afinal, nunca vimos isso em Bíblia nenhuma (em português, ressalve-se). Mas precisamos entender o que significa, de fato, “você”, pois ela não é uma palavra que brotou do nada.
“Você” é um encurtamento de “vossa mercê”, um modo extremamente formal de tratamento, usado desde os tempos remotos em Portugal. “Mercê” significa “graça”, “misericórdia”. Com o tempo, as pessoas passaram a encurtar esse respeitoso modo de tratar, que se transformou em “vossemecê”, depois “vosmecê”, virou “vancê” e, por fim, “você”. Portanto, “você” significa “vossa graça”. E que significado mais lindo haveria numa forma de tratamento a Deus do que em algo que ressalta sua graça, sua misericórdia; aquilo que fez Jesus subir à cruz por cada um de nós? Graça, a maravilhosa graça!
vc4E veja que interessante: em sua origem, o “vossa mercê” (“você”) era utilizado somente para se dirigir a gente a quem se devia tratar com muito respeito, enquanto o “tu” era usado em ocasiões informais. Atente para esta explicação: “mercê era o elevado tratamento dado na terceira pessoa aos reis de Portugal […] No século 15, quando os soberanos portugueses adotaram o chamamento de alteza (vossa alteza, e sua alteza) foi o título de mercê começado a ser dado às principais figuras do Reino, nas principais casas fora da Família Real, generalizando-se a dado passo como forma de tratamento adotada pelos fidalgos entre si. Este processo é lento e gradual, mantendo-se alternativamente o tratamento antigo por vós em certos setores mais elevados da sociedade portuguesa, paralelamente ao de vossa mercê. O tu já então era reservado apenas às classes burguesas, e populares, utilizado na nobreza apenas quando existisse grande grau de intimidade, geralmente intimidade familiar, e de superiores para inferiores (pais para filhos, avós para netos, fidalgos para criados e populares). Os inferiores em dignidade (sobrinhos para tios, criados para patrões etc.) respondiam ao tu com que eram tratados na terceira pessoa, ou por vós,ou pelo tratamento correspondente à dignidade reconhecida à pessoa mais importante durante o diálogo”.
O resumo da ópera é que, em sua origem e por definição, o “você” era o tratamento dado a reis, nobres, fidalgos e gente merecedora do mais alto respeito e formalidade. Já o “tu” era um termo que fazia parte da linguagem do povão, usado com gente “inferior em dignidade”. Justamente o contrário do que os opositores a chamar Deus de “tu” compreendem ser o correto e digno, não é curioso? E isso ocorre porque, no Brasil, o “vossa mercê” começou a perder o status de linguagem usada para se referir às pessoas mais importantes quando, no século 16, os reis e nobres europeus passaram a solicitar ser chamados de “vossa excelência”, o que permanece até hoje entre nossas autoridades (você já deve ter visto na televisão deputados, por exemplo, se dirigirem a outros deputados utilizando esse tratamento). Com isso, o “vossa mercê” (ou “você”) passou a ter um uso mais amplo.
Constatamos, então, que o problema todo é uma mera questão de tradução. Almeida escolheu usar o “tu” porque essa era a palavra que fazia parte de seu dia a dia e sem nenhuma relação com reverência ou respeito.
Tendo visto isso, agora precisamos buscar respostas na exegese bíblica, isto é, na análise dos originais das Escrituras. Será que os textos originais fariam algum tipo de diferenciação nesse sentido? Vejamos:
vc5Um exemplo seria a ocasião em que Pedro responde a Jesus quando o Mestre lhe pergunta três vezes se ele o ama (Jo 21.15-18). A resposta de Pedro é:“Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. O vocábulo original das Escrituras traduzido aqui por “tu” é su, que, no grego, refere-se à segunda pessoa do singular. Mas veja que revelador: Jesus, ao conversar com Pedro, usa exatamente a mesma palavra, su, para se dirigir a ele, como em “Respondeu Jesus: ‘Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que lhe importa? Siga-me você‘” (Jo 21.22-23). Embora a tradução da NVI use “tu” quando Pedro se dirige a Jesus e “você” quando Jesus se refere a Pedro, nas línguas originais não há nenhuma diferença na forma de tratamento: é exatamente a mesma palavra, sem distinção.
Vamos pegar outros exemplos:
Na ocasião do batismo de Jesus, ele chega até João Batista, que lhe diz: “Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” (Mt 3.14). A palavra original que foi traduzida aqui por “tu” é, novamente, su. Quando Jesus está diante de Pilatos, o governador romano lhe pergunta: “Então, você é rei!” (Jo 18.37). Adivinha que termo no original em grego foi traduzido por “você”? Exato: o mesmo su. E sabe o que Jesus responde? Tu dizes que sou rei” (Jo 18.37). A palavra original? Su de novo.
O que percebemos, então, é que o tempo todo Jesus era tratado por su e tratava os outros por su (evidentemente estou me referindo ao grego em que foi escrito o Novo Testamento e não ao aramaico que Jesus e seus discípulos usavam para conversar entre si ou ao latim que Pilatos falava).
Você poderia argumentar que Jesus estava sendo tratado assim porque ele não era visto como divino pelas pessoas, naquele momento e, por isso, não seria considerado digno de um tratamento mais elevado. Bem, esse argumento desmorona quando vemos a forma como o próprio Cristo se dirige ao Pai. Quando o Mestre está no Getsêmani, antes de sua prisão, ele ora e diz ao Todo-poderoso: “Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres” (Mc 14.36). Basta olharmos nos originais e veremos que a forma de tratamento permanece a mesma: su.  E o Pai é tratado dessa forma ainda em outras passagens, como João 17.21, e não só por Jesus. Vemos, por exemplo, em Atos 4.24, Pedro e João conduzirem uma oração ao Pai, em que dizem “Ó Soberano, tu fizeste os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há!”. Por que pronome eles o tratam? Su.
A que conclusão podemos chegar? Constatamos que, na língua original em que foi escrito o Novo Testamento, o mesmo pronome de tratamento era utilizado quando Jesus se dirigia a um ser humano, quando um ser humano se dirigia a Jesus, quando Jesus se dirigia ao Pai ou quando um ser humano se dirigia ao Pai. Não havia distinção em nenhuma situação.
Logo, será que há algum mal em eu usar o mesmo pronome para me dirigir a um ser humano, ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo? Bem… se na língua original do Novo Testamento não havia, por que haveria hoje?
Meu irmão, minha irmã, não chamamos Deus de “tu” por nenhuma razão bíblica, mas por pura herança cultural do vocábulo escolhido pelo português João Ferreira de Almeida quando ele passou o texto bíblico para o português 400 anos atrás. Se ele tivesse escolhido “você”, isso não representaria nenhum desrespeito. Muito pelo contrário, teria adotado o mesmo tratamento que era usado para se dirigir a reis, fidalgos e autoridades.
vc6Por tudo isso, fica aqui minha carinhosa recomendação: se você não se sente bem dirigindo-se a Deus por “você”, não se dirija. “Tu” é igualmente válido pois, segundo as línguas originais da Bíblia, não há absolutamente nenhuma diferença. Mas, por favor, não condene quem chama o Senhor de “você”, porque tem a mesma validade na tradução e, além disso, historicamente é uma palavra que se usava para se dirigir aos mais elevados representantes da sociedade. Tem um belíssimo e digníssimo significado. Não criemos discórdias entre nós por causa disso.
“Você” significa “vossa mercê”, que, por sua vez, significa “vossa graça”. Que privilégio é poder chamar o Abba, o nosso paizinho celestial, de “você” e saber que,  ao nos dirigirmos a ele, estamos ressaltando, no que dizemos, essa característica tão magnífica e salvadora do amor divino: sua maravilhosa graça.
Por isso, eu oro: Deus, que tu, você, vossa mercê, vossa misericórdia, vossa graça… em tudo seja glorificado!
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Mauricio zágari
Fonte: https://apenas1.wordpress.com/

Igreja aplica dízimos e ofertas na construção de casas para fiéis que não têm onde morar

A Igreja Primitiva é descrita na Bíblia como uma comunidade em que todos repartiam seus bens de forma que nenhum fiel ficasse desamparado. Aplicar esse conceito de forma literal nos dias de hoje é algo visto como impossível, mas adotar princípios dessa filosofia, não.
O pastor Fábio Mendonça, líder da Assembleia de Deus Ministério Lagoinha na cidade de Araruama, Rio de Janeiro, e sargento da Polícia Militar da 25ª CIA em Cabo Frio, aplicou princípios da Igreja Primitiva na congregação que dirige.
Atento às necessidades materiais de alguns membros de sua igreja, resolveu reverter a aplicação dos dízimos e ofertas arrecadados na construção de moradias para os fiéis em situação de vulnerabilidade social, sem custos para os beneficiados.
Mendonça afirmou, em entrevista ao jornal O Cidadão, que a ideia surgiu do desejo de prestar assistência às pessoas em dificuldades: “A igreja a princípio se assustou com a ideia, mas eu tinha que ser o primeiro a mostrar que poderia acontecer. Na Polícia Militar eu trabalho com manutenção, usei minha experiência na área no projeto. Por isso, eu mesmo fiquei de frente, inclusive, ajudando a cavar a fundação das casas”.
A iniciativa incomum já recebeu críticas, disse Mendonça: “Alguns pastores me perguntaram se eu não estava ‘arrumando’ muito trabalho. Se Deus pensasse no trabalho que o ser humano dá a Ele em relação à desobediência a seus princípios, não teria feito o mundo. Tudo que fazemos na vida pode nos gerar problemas, você não compra um carro, por exemplo, pensando que o pneu pode furar um dia, mas no benefício que você vai ter com o veículo”, ilustrou.
O trabalho voluntário e o aproveitamento máximo dos materiais foram essenciais para que o desafio se tornasse realidade, de acordo com o pastor: “O maior desafio era não desperdiçar material e economizar com mão de obra. Foram construídas quatro casas em apenas quatro meses, os dízimos e ofertas foram revertidos para a obra. Além de mim, mais três pedreiros ajudaram na realização das construções trabalhando voluntariamente aos finais de semana”.
A congregação possui 200 membros, e com a iniciativa de construir moradias para os fiéis que não tinham onde morar houve mobilização solidária por parte da comunidade. O pastor Fábio Mendonça ressalta que não realizou nenhuma campanha de arrecadação: “Não sou de pedir. Acredito que quando o trabalho é direito, o Espírito Santo se encarrega de mover o coração das pessoas ao desejo de ofertar. E assim foi: um membro doou mil tijolos, outro duas pias…”, disse, revelando que a iniciativa ainda não atendeu as necessidades de todos os membros: “Agora, estamos construindo mais quatro quitinetes, com o desafio de entregá-las até o dia 12 de outubro, pois, hoje temos duas senhoras alojadas na igreja, uma delas está no espaço onde eu atendia, meu gabinete pastoral e a outra na ‘salinha’ das crianças”.
Segundo o pastor, sua iniciativa não tem motivação política: “Se eu estiver fazendo isso na intenção de ser candidato o trabalho é em vão, não tenho interesse político nenhum”.