"Now the Spirit speaketh expressly, that in the latter times some shall depart from the faith, giving heed to seducing spirits, and doctrines of devils; Speaking lies in hypocrisy;having their conscience seared with a hot iron;"1 Timothy 4:1-2

sexta-feira, 15 de julho de 2011

(367 a.C) A carta de Atanásio reconhece o cânon do Novo Testamento




Como o cristão poderia ter certeza dos livros que deveriam constar do Novo Testamento?

Quando Paulo mencionou as Escrituras a Timóteo ("Toda a Escritura é inspirada..."; 2Tm 3.16), ele estava se referindo ao AT, mas, mesmo nas páginas do NT, temos indicações de que os cristãos começaram a considerar os evangelhos e as epístolas de Paulo como textos especiais. Ao escrever sobre as epístolas de Paulo, Pedro disse que elas às vezes continham "algumas coisas difíceis de entender". Todavia, a sabedoria de Paulo fora dada por Deus, e Pedro repreendeu "os ignorantes e instáveis" que distorciam as palavras de Paulo, fazendo o mesmo com "as demais Escrituras" (2Pe 3.16; grifo do autor). Ε óbvio que Pedro começava a perceber que os cristãos tinham alguns textos edificantes além das obras do AT.

Os judeus decidiram que alguns livros — os que chamamos hoje de Antigo Testamento — foram claramente inspirados por Deus, ao passo que outros não o eram. Por enfrentar heresias, os cristãos também começaram a sentir a necessidade de distinguir entre escritos verdadeiramente inspirados e os de origem questionável.

Havia dois critérios fundamentais, usados pela igreja para identificar o cânon (kanon é a palavra grega para "padrão"): a origem apostólica e o uso dos textos nas igrejas.

Com relação à origem apostólica, a igreja incluiu Paulo entre os apóstolos. Embora não tenha caminhado com Cristo, Paulo se encontrou com ele na estrada para Damasco. A abrangência de sua atividade missionária — relatada no livro de Atos dos Apóstolos — fez dele o próprio modelo do apóstolo.

Cada evangelho precisava estar relacionado a um apóstolo. Desse modo, o evangelho de Marcos, associado a Pedro, e o de Lucas, relacionado a Paulo, receberam um lugar no cânon. Depois da morte dos apóstolos, os cristãos valorizaram o testemunho dos livros, muito embora não portassem o nome de um apóstolo como autor.

Com relação ao uso dos textos nas igrejas, a orientação parecia ser a seguinte: "Se muitas igrejas usam um texto, e se ele continua a edificá-las, logo esse texto deve ser inspirado".

Embora esse padrão mostre uma abordagem bastante pragmática, existe uma lógica por trás dele: alguma coisa inspirada por Deus, sem dúvida, inspirará muitos adoradores. O texto que não foi inspirado acabaria, mais cedo ou mais tarde, por cair em desuso.

Infelizmente, esses padrões somente não eram capazes de estabelecer quais seriam os livros do cânon. Diversos textos flagrantemente heréticos carregavam o nome de um apóstolo. Além disso, algumas igrejas utilizavam textos que outras não se preocupavam em usar.

Por volta do final do século II, os quatro evangelhos, o livro de Atos e as epístolas de Paulo eram grandemente valorizadas em quase todos os lugares. Embora não existisse nenhuma lista "oficial", as igrejas tinham a tendência crescente de se voltar para esse material como fonte de autoridade espiritual. Bispos influentes como Inácio, Clemente de Roma e Policarpo contribuíram para que esses textos alcançassem ampla aceitação. Contudo, ainda havia muita disputa com relação a Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse.

A heresia era uma maneira de fazer com que os cristãos ortodoxos esclarecessem suas posições. Até onde sabemos, a primeira tentativa de elaboração do cânon foi feita por Marcião, que incluiu apenas dez das treze epístolas de Paulo e o evangelho de Lucas bastante modificado. Mais tarde, outros grupos heréticos defenderiam seus "livros secretos", normalmente os que tinham o nome de um apóstolo ligado a eles.

Uma lista ortodoxa primitiva, compilada por volta do ano 200, foi o Cânon muratório, elaborado pela igreja de Roma. Ele incluía a maioria dos livros presentes hoje no Novo Testamento, mas adicionava o Apocalipse de Pedro e a Sabedoria de Salomão. Listas posteriores omitiram alguns livros, e deixaram outros, mas continuavam sendo bastante similares. Obras como O pastor, de Hermas, o Didaquê e a Epístola de Barnabé eram muito consideradas, embora as pessoas tivessem dificuldade em considerá-las escritura inspirada.

Em 367, Atanásio, o bispo de Alexandria, influente e altamente ortodoxo, escreveu sua famosa carta oriental. Nesse documento, enumerava os 27 livros que hoje fazem parte do nosso Novo Testamento. Na esperança de impedir que seu rebanho caminhasse rumo ao erro, Atanásio afirmou que nenhum outro livro poderia ser considerado escritura cristã, embora admitisse que alguns, como o Didaquê, pudessem ser úteis para devoções particulares.

A lista de Atanásio não encerrou esse assunto. Em 397, o Concilio de Cartago confirmou sua lista, mas as igrejas ocidentais demoraram muito para estabelecer o cânon. A contenda continuou com relação aos livros questionáveis, embora todos terminassem aceitando o Apocalipse.

No final, a lista de Atanásio recebeu aceitação geral e, desde então, as igrejas por todo o mundo jamais se desviaram de sua sabedoria.


Como o cristão poderia ter certeza dos livros que deveriam constar do Novo Testamento?

Quando Paulo mencionou as Escrituras a Timóteo ("Toda a Escritura é inspirada..."; 2Tm 3.16), ele estava se referindo ao AT, mas, mesmo nas páginas do NT, temos indicações de que os cristãos começaram a considerar os evangelhos e as epístolas de Paulo como textos especiais. Ao escrever sobre as epístolas de Paulo, Pedro disse que elas às vezes continham "algumas coisas difíceis de entender". Todavia, a sabedoria de Paulo fora dada por Deus, e Pedro repreendeu "os ignorantes e instáveis" que distorciam as palavras de Paulo, fazendo o mesmo com "as demais Escrituras" (2Pe 3.16; grifo do autor). Ε óbvio que Pedro começava a perceber que os cristãos tinham alguns textos edificantes além das obras do AT.

Os judeus decidiram que alguns livros — os que chamamos hoje de Antigo Testamento — foram claramente inspirados por Deus, ao passo que outros não o eram. Por enfrentar heresias, os cristãos também começaram a sentir a necessidade de distinguir entre escritos verdadeiramente inspirados e os de origem questionável.

Havia dois critérios fundamentais, usados pela igreja para identificar o cânon (kanon é a palavra grega para "padrão"): a origem apostólica e o uso dos textos nas igrejas.

Com relação à origem apostólica, a igreja incluiu Paulo entre os apóstolos. Embora não tenha caminhado com Cristo, Paulo se encontrou com ele na estrada para Damasco. A abrangência de sua atividade missionária — relatada no livro de Atos dos Apóstolos — fez dele o próprio modelo do apóstolo.

Cada evangelho precisava estar relacionado a um apóstolo. Desse modo, o evangelho de Marcos, associado a Pedro, e o de Lucas, relacionado a Paulo, receberam um lugar no cânon. Depois da morte dos apóstolos, os cristãos valorizaram o testemunho dos livros, muito embora não portassem o nome de um apóstolo como autor.

Com relação ao uso dos textos nas igrejas, a orientação parecia ser a seguinte: "Se muitas igrejas usam um texto, e se ele continua a edificá-las, logo esse texto deve ser inspirado".

Embora esse padrão mostre uma abordagem bastante pragmática, existe uma lógica por trás dele: alguma coisa inspirada por Deus, sem dúvida, inspirará muitos adoradores. O texto que não foi inspirado acabaria, mais cedo ou mais tarde, por cair em desuso.

Infelizmente, esses padrões somente não eram capazes de estabelecer quais seriam os livros do cânon. Diversos textos flagrantemente heréticos carregavam o nome de um apóstolo. Além disso, algumas igrejas utilizavam textos que outras não se preocupavam em usar.

Por volta do final do século II, os quatro evangelhos, o livro de Atos e as epístolas de Paulo eram grandemente valorizadas em quase todos os lugares. Embora não existisse nenhuma lista "oficial", as igrejas tinham a tendência crescente de se voltar para esse material como fonte de autoridade espiritual. Bispos influentes como Inácio, Clemente de Roma e Policarpo contribuíram para que esses textos alcançassem ampla aceitação. Contudo, ainda havia muita disputa com relação a Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse.

A heresia era uma maneira de fazer com que os cristãos ortodoxos esclarecessem suas posições. Até onde sabemos, a primeira tentativa de elaboração do cânon foi feita por Marcião, que incluiu apenas dez das treze epístolas de Paulo e o evangelho de Lucas bastante modificado. Mais tarde, outros grupos heréticos defenderiam seus "livros secretos", normalmente os que tinham o nome de um apóstolo ligado a eles.

Uma lista ortodoxa primitiva, compilada por volta do ano 200, foi o Cânon muratório, elaborado pela igreja de Roma. Ele incluía a maioria dos livros presentes hoje no Novo Testamento, mas adicionava o Apocalipse de Pedro e a Sabedoria de Salomão. Listas posteriores omitiram alguns livros, e deixaram outros, mas continuavam sendo bastante similares. Obras como O pastor, de Hermas, o Didaquê e a Epístola de Barnabé eram muito consideradas, embora as pessoas tivessem dificuldade em considerá-las escritura inspirada.

Em 367, Atanásio, o bispo de Alexandria, influente e altamente ortodoxo, escreveu sua famosa carta oriental. Nesse documento, enumerava os 27 livros que hoje fazem parte do nosso Novo Testamento. Na esperança de impedir que seu rebanho caminhasse rumo ao erro, Atanásio afirmou que nenhum outro livro poderia ser considerado escritura cristã, embora admitisse que alguns, como o Didaquê, pudessem ser úteis para devoções particulares.

A lista de Atanásio não encerrou esse assunto. Em 397, o Concilio de Cartago confirmou sua lista, mas as igrejas ocidentais demoraram muito para estabelecer o cânon. A contenda continuou com relação aos livros questionáveis, embora todos terminassem aceitando o Apocalipse.

FONTE: http://www.oprincipaldospecadores.com/
VIA: PASTOR JOÃO NOGUEIRA DE LIMA

No final, a lista de Atanásio recebeu aceitação geral e, desde então, as igrejas por todo o mundo jamais se desviaram de sua sabedoria.



Desvios Doutrinários da Confissão Positiva Teologia Da Prosperidade





Os seguidores das doutrinas da Confissão Positiva dizem que não devemos submeter nossos pedidos à vontade de Deus. Não questiono a qualidade do caráter das pessoas mencionados neste trabalho. Questiono a qualidade de seus ensinos, comparados com a Bíblia Sagrada. Vejamos:

“Usar a frase `se for a Tua vontade´ em oração pode parecer espiritual, e demonstrar atitude piedosa de quem é submisso à vontade do Senhor, mas além de não adiantar nada, destrói a própria oração” (R.R.Soares, livro "O Direito de Desfrutar Saúde", p. 11, citado por Paulo Romeiro, Supercrentes, p.37).

Essa infeliz declaração é cópia fiel do que disse Benny Hinn, mais adiante registrada. Ora, submeter-se à vontade de Deus é bíblico, não anula nossas orações e é uma atitude espiritual. Se anulasse, a oração-modelo do Pai Nosso, ensinada por Jesus, para nada serviria; Jesus não teria sido um bom Mestre; milhões de orações nesses últimos dois mil anos foram ineficazes; nenhum crente em dois mil anos teria recebido qualquer bênção divina. Deus não respondeu a nenhuma delas. Logo de início vê-se o absurdo de tal declaração. Devemos confiar em quem? “Maldito o homem que confia no homem. Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor” (Jr 17.5,7). O cristão nunca deve esquecer o exemplo dos bereanos, que examinavam nas Escrituras se as coisas que Paulo e Silas ensinavam estavam corretas (At 17.10-12).

“Jesus me apareceu e disse que se alguém, em qualquer lugar, quiser tomar esses quatro passos ou pôr em operação esses quatro princípios, sempre receberá o que quiser de mim ou da parte de Deus Pai:
Passo 1 – Diga a coisa: positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo.
Passo 2 – Faça a coisa: Os atos derrotam-no ou lhe dão vitória.
Passo 3 – Receba a coisa: Compete a nós a conexão com o dínamo do céu.
Passo 4 – Conte a coisa: Contar para que outros também possam crer”

(Kenneth Hagin, "Como Registrar Seu Próprio Bilhete com Deus", p.5, citado por Hank Hanegraaaff, em "Cristianismo em Crise", p. 81). Referindo-se a João 14.14, Hagin ensina que “a palavra `pedir´ também significa `exigir´: `E tudo quanto exigirdes em Meu nome, isso [Eu, Jesus] farei”.

“Nunca jamais, em tempo algum vão ao Senhor e digam: `Se for da tua vontade...´ Não permitam que essas palavras destruidoras da fé saiam da boca de vocês. Quando vocês oram `se for da tua vontade, Senhor´ a fé é destruída. A dúvida espumará e inundará todo o seu ser. Resguardem-se de palavras como essas, que lhes roubarão a fé e os puxarão para baixo, ao desespero” (Benny Hinn, "Levante-se e Seja Curado", ibid, p.295). Frederic Price, outro arauto da Confissão Positiva, segue no mesmo diapasão: “Se você tem de dizer: `Se for da tua vontade´ ou `Que se faça a tua vontade´, então você está chamando Deus de idiota. É deveras estupidez orar para que a vontade de Deus seja feita. Isto é uma farsa, um insulto à inteligência de Deus”.

“Sereis semelhantes a Deus”

É este um dos itens fundamentais da doutrina desses mestres da fé: o homem deve exigir seus direitos e não se submeter à vontade de Deus. Essa aberração teológica rebaixa o Criador, que fica à mercê das vontades e caprichos humanos, e exalta o homem, colocando-o em condições de igualdade com Cristo. Eles falam e ensinam o que o Senhor não mandou falar nem ensinar. Apresentam um cristianismo particular, muitas vezes fruto de experiências particulares, de visões e aparições.

“O homem foi criado em termos de igualdade com Deus... O crente é chamado de Cristo... Eis quem somos: somos Cristo... Você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi”. O Senhor fez o homem como o Seu substituto aqui na terra... O homem era Senhor... vivia em termos de igualdade com o Criador. Muitos não sabem ainda que são filhos e filhas de Deus tanto quanto o próprio Jesus... Nem o próprio Senhor Jesus tem uma posição melhor diante de Deus do que você e eu temos” (Kenneth Hagin, citado por Hank Hanegraaaff, Cristianismo em Crise, p. 116/7).

Essas palavras são um testemunho de que não podemos confiar na doutrina da Confissão Positiva. Afirmar em alto e bom som que o Príncipe da Paz tem posição inferior ao homem diante do Pai soa como uma blasfêmia contra o Filho Unigênito de Deus, o Verbo encarnado, o “Alfa e Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim”. Observem que Hagin rebaixa Jesus a uma condição de desigualdade com o Pai, ao mesmo tempo em que promove a deificação do homem. Essa doutrina é a da serpente (Gn 3.5).

“A razão para Deus criar Adão foi seu desejo de reproduzir a si mesmo. Adão não era um deus pequenino. Não era um semideus. Nem ao menos estava subordinado a Deus” (Kenneth Copeland). “Deus está duplicando a si próprio na Terra” (John Avanzini). “Vocês sabiam que desde o começo do tempo o propósito inteiro de Deus era reproduzir-se?... e quando estamos aqui de pé, vocês não estão olhando para Morris Cerullo; vocês estão olhando para Deus, estão olhando para Jesus” (Morris Cerullo). “Deus duplicou a si mesmo em espécie. Adão foi uma exata duplicata do tipo de Deus” (Charles Capps). “Jesus foi recriado nas portas do inferno” (Valnice Milhomens).

Notaram a tentativa de colocar o homem em condições de igualdade com Deus? Notaram como os componentes da orquestra da Confissão Positiva estão afinados? Essa orquestra está sob a batuta de quem? De Deus? Estão afirmando que o homem é uma clonagem do Criador. São esses os mestres que estão ensinando diariamente, pela televisão e por livros, a milhões de desavisados irmãos, ávidos por novidades e declarações chocantes. Eles estão repetindo a fórmula mágica apresentada pelo diabo a Eva, no Éden: “Sereis como Deus” (Gn 3.5).


Loucos por dinheiro

Entre Hagin, Hinn, Copeland, Jorge Tadeu, Robert Tilton, Morris Cerullo, Charles Capps e outros, parece haver uma disputa para ver quem cria mais aberrações teológicas e desvios doutrinários. Qual a razão de tanto empenho? Amor pelas almas perdidas ou amor ao dinheiro? A resposta vem de um dos componentes da orquestra, que desta vez saiu do tom. Leiam:

“Eu estava muito influenciado por Kenneth Hagin e Kenneth Copeland. Nenhum deles fala de salvação. Só de fé. A mensagem da fé é vazia sem o Espírito. A própria palavra [prosperidade] foi distorcida e tornou-se de importância fundamental no ministério. Dinheiro, dinheiro, dinheiro. É quase como ir a um cassino jogar” (Benny Hinn, citado por Paulo Romeiro, em Evangélicos em Crise, p.43-44). Hinn reconhece os erros doutrinários da Confissão Positiva, mas, parece, não consegue livrar-se das “concupiscências loucas e nocivas” que arrastam os homens à “ruína e perdição”, por causa do desejo ardente de ficarem ricos (1 Tm 6.9). Leiam o que ele declarou: “Anos atrás costumavam pregar: Ó, nós andaremos por ruas de ouro. Hoje eu digo: Não preciso de ouro lá em cima. Quero o ouro aqui embaixo”.

Benny Hinn tem razão. O cristianismo não é um cassino, em que quem arriscar mais, tem chance de levar mais. Se até agora nada deu certo; se não choveram dólares sobre você, é hora de arriscar tudo, numa última cartada. Entregue aos mestres a sua bolsa, seu salário, seus bens. Sabendo disso, o próprio Hinn ensinou: “Você quer prosperar? O dinheiro vai cair sobre você da esquerda, da direita e do centro. Deus começará a fazê-lo prosperar, pois o dinheiro sempre se segue à retidão... Diga comigo: Tudo que eu possa desejar já está em mim”. Alguém tem dúvida de que no Brasil as igrejas filiadas ao ministério dos Kenneth`s tocam a mesma música? Outra de Hinn: “O dinheiro sempre se segue à retidão” Traduzindo, significa que a pessoa justa, correta, honesta terá muito dinheiro. E o [crente] pobre? Não tem dinheiro porque não leva uma vida de retidão? É possível que o vil metal esteja provocando distúrbios mentais em muita gente.

Se Deus quiser

Conforme ensina a Confissão Positiva, submeter-se à vontade de Deus anula a oração; dizer “seja feita a tua vontade” é ser estúpido e chamar Deus de idiota. A estupidez e idiotice estão em quem ensina heresias. O “Jesus” que apareceu a Hagin e ensinou os passos decisivos para conseguir tudo o que desejar entrou em contradição com o Jesus da Bíblia. Na oração-modelo do Pai Nosso, Ele nos ensinou a pedir, e não exigir de Deus, e que em tudo “seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10); ensinou que devemos sempre fazer a vontade do Pai (Mt 7.21; 12.50); Ele mesmo dava o exemplo (Jo 4.34; 5.30; 6.38,39). Até no momento de maior dor, na última noite em que passou com os apóstolos, Jesus foi submisso à vontade do Pai: “Pai, se queres, passa de mim este cálice, todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22.42). Os mestres da prosperidade ensinam o oposto. Dizem que a nossa vontade é que deve prevalecer. Os apóstolos, que tinham o ensino de Jesus no coração, não pensavam do mesmo modo. Diante da recusa de Paulo em cancelar sua viagem para Jerusalém, eles se renderam aos fatos e disseram: “Faça-se a vontade do Senhor” (At 18.21; 21.14; cf. Sl 40.8; 143.10; Rm 1.10; 15.32; 1 Co 4.19; Hb 10.7; 1 Pe 2.15; 3.17; 4.2,19; 1 Jo 2.17).

A expressão `se Deus quiser` não entra no vocabulário dos mestres da prosperidade. A doutrina deles aponta para “eu digo, eu faço, eu recebo”. É o mesmo que dizer: Eu posso, eu mando, eu sou Senhor de mim mesmo. Isto é egolatria. A exemplo de `se for da tua vontade`, dizer `se Deus quiser´ é chamar Deus de idiota. Deveriam editar uma Bíblia particular, com interpretações próprias, ajustadas aos seus ensinos, como fizeram os testemunhas-de-jeová. Vejam o que diz a Palavra:

“Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará. Vós que dizeis: Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, lá passaremos um ano, negociaremos e ganharemos. Ora, não sabeis o que acontecerá amanhã... Em lugar disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser [ou se for da Sua vontade], viveremos e faremos isto ou aquilo. Vós vos jactais das vossas presunções. Ora, toda jactância tal como esta é maligna” (Tg 4.10,13-16).

É indiscutível o desencontro entre a Palavra de Deus e a doutrina da Confissão Positiva. Há declarações que chegam a ser uma blasfêmia: “Acredito que a oração do Pai Nosso não é para os crentes hoje em dia” (Frederic Price). Ora, o crente é que deve adaptar-se à vontade de Deus expressa na Bíblia, e não o contrário. Pelo visto, os fiéis da Confissão Positiva rejeitam por completo a oração ensinada por Jesus, porque nela os cristãos se colocam à mercê da soberana vontade do Senhor.

Pedir ou exigir?

Com relação à substituição do "pedir" pelo "exigir", vejam o seguinte. Pedir, do grego aiteõ, sugere a atitude de um suplicante que se encontra em posição inferior àquele a quem pede. É esse o verbo usado em João 14.13 – “E tudo quanto pedirdes em meu nome...” – e 14.14 – “Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”. “Pedir”, do grego erõtaõ, indica com mais freqüência que o suplicante está em pé de igualdade ou familiaridade com a pessoa a quem ele pede, como, por exemplo, um rei fazendo pedido a outro rei. “Sob este aspecto, é significativo destacar que o Senhor Jesus nunca usou o verbo aiteõ na questão de fazer um pedido ao Pai”, por ter dignidade igual Àquele a quem pedia. (Jo 14.16; 17.9,15,20 – Fonte: Dic. VINE). Como a Confissão Positiva diviniza o homem, colocando-o no mesmo nível de Deus, não há porque pedir, mas exigir. Alguns falam em “reivindicar direitos”, da mesma forma como fazemos nos requerimentos endereçados às autoridades constituídas.

A Soberania de Deus

Um dos textos usados pelos mestres da Confissão Positiva é o seguinte: “E tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis” (Mt 21.22; cf. Mc 11.24; Jo 14.13; 15.7; 1 Jo 5.15). Alegam que, pela Palavra, Deus obriga-se a nos atender. Daí concluem que não precisamos pedir, mas exigir o direito a que fazemos jus. Dizem, também, que, em razão disso, é ocioso dizer `se Deus quiser´ ou `que seja feita a Sua vontade´. Esses desvios não são os únicos da Confissão Positiva.

Se a palavra acima funcionasse automaticamente, isto é, se de forma literal Jesus nos desse qualquer coisa que lhe pedíssemos com fé, nosso destino e nossas lutas estariam sob nosso próprio controle, o que seria desastroso, pois somos incapazes de conhecer o que nos aguarda o futuro e o que é melhor para nossa vida. Todavia, nosso “Pai sabe do que necessitais, antes de lho pedirdes” (Mt 6.8; cf. Ef 3.20). Ele nos dará o que for melhor, e nem sempre pedimos o que é melhor. Deus poderá responder SIM ou NÃO, visto que Ele é soberano para fazer somente o que lhe apraz. Vejamos exemplos bíblicos em que Deus respondeu negativamente: Paulo orou com fé para que Deus o livrasse de um espinho na carne, e Deus não o atendeu (2 Co 12.8-9). Ele também estava capacitado por Deus para curar enfermos (Mc 16.18; At 28.9)), mas não pôde curar Epafrodito (Fp 2.25-27) nem Trófimo (2 Tm 4.20) nem Timóteo (1 Tm 5.23).

A interpretação de Mateus 21.22 não pode ser literal porque Deus não pode nos dar qualquer coisa. Por exemplo, Deus não perdoa nossos pecados sem que tenhamos perdoado as ofensas recebidas, ainda que Lho peçamos com fé (Mc 11.23-26). Deus não me atendeu quando lhe pedi, em lágrimas e profunda dor, durante sete meses, que curasse a minha mulher. Também lhe pedi que tirasse a minha vida, mas a deixasse viver, mas não fui atendido. Minhas petições foram negadas. Os planos de Deus excediam a minha capacidade de compreensão.

Deus também não cura todas as pessoas, pelas quais oramos com fé. O mais certo é seguirmos o exemplo de Jesus: “Não seja, porém, o que eu quero, e, sim, o que tu queres” (Mc 14.36); e o de Paulo: “Se Deus quiser, outra vez voltarei a vós” (At 18.21; 1 Co 4.19); “A fim de que, pela vontade de Deus, chegue a vós...” (Rm 15.32). Deus tem razão em cem por cento das vezes em que Ele nos responde com um não. Depois de um certo tempo é que vamos entender que foi melhor assim.

A soberania de Deus, absoluta e universal, decorre de seus atributos incomunicáveis (onipotência, onisciência, onipresença, infinitude e imutabilidade). Deus é supremo sobre todas as coisas, em governo e autoridade. Ele faz o que quer com o que é seu (Mt 20.15) e se compadece de quem quer se compadecer, e terá misericórdia de quem quiser ter misericórdia. “Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” (Rm 9.15,16,18,21). Não se pode pôr limites à sua autoridade. “Deus não é menos soberano na distribuição de seus favores. A alguns dá riquezas, a outros, honra; a outros, saúde; enquanto outros são pobres, ignorados ou vitimados pela enfermidade. A alguns, ele envia a luz do evangelho; a outros, ele deixa nas trevas. Alguns, pela fé, são conduzidos à salvação; outros perecem na incredulidade. À pergunta “Por que isso é assim?”, a única resposta é aquela dada por nosso Senhor: “Assim foi do teu agrado, ó Pai” - Mt 11.26” (Teologia Sistemática Strong).

Por isso, devemos sempre dizer: seja feita a tua vontade, porquanto é o Senhor que “esquadrinha o coração, e provo a mente, e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos, e segundo o fruto das suas ações” (Jr 17.10). O salmista aconselha: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e ele tudo fará” (Sl 37.5). Jó, um herói da fé, declarou: “Ainda que ele me mate, nele esperarei” (Jó 13.15).

AUTOR: Pr Airton Evangelista da Costa

FONTE: www.palavradaverdade.com

VIA: PASTOR JOAO NOGUEIRA DE LIMA

A Declaração de Cambridge

As igrejas evangélicas de hoje estão cada vez mais dominadas pelo espírito deste século em vez de pelo Espírito de Cristo. Como evangélicos, nós nos convocamos a nos arrepender desse pecado e a recuperar a fé cristã histórica.
No decurso da História, as palavras mudam. Na época atual isso aconteceu com a palavra evangélico. No passado, ela serviu como elo de união entre cristãos de uma diversidade ampla de tradições eclesiásticas. O evangelicalismo histórico era confessional. Acolhia as verdades essenciais do Cristianismo conforme definidas pelos grandes concílios ecumênicos da Igreja. Além disso, os evangélicos também compartilhavam uma herança comum nos "solas" da Reforma Protestante do século 16.
Hoje, a luz da Reforma já foi sensivelmente obscurecida. A conseqüência foi a palavra evangélico se tornar tão abrangente a ponto de perder o sentido. Enfrentamos o perigo de perder a unidade que levou séculos para ser alcançada. Por causa dessa crise e por causa do nosso amor a Cristo, seu evangelho e sua igreja, nós procuramos afirmar novamente nosso compromisso com as verdades centrais da reforma e do evangelicalismo histórico. Nós afirmamos essas verdades e não pelo seu papel em nossas tradições, mas porque cremos que são centrais para a Bíblia.

SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade
Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.
Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.
A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.
A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.

Tese 1: Sola Scriptura
Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.
Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.

SOLO CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo
À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.

Tese 2: Solo Christus
Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.
Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.
SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho
A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.
A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.

Tese 3: Sola Gratia
Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.
SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial
A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.
Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.
Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos a verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.

Tese 4: Sola Fide
Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.
Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.
SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus
Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, o­nde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.
Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.

Tese 5: Soli Deo Gloria
Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.

Um Chamado ao Arrependimento e à Reforma
A fidelidade da igreja evangélica no passado contrasta fortemente com sua infidelidade no presente. No princípio deste mesmo século, as igrejas evangélicas sustentavam um empreendimento missionário admirável e edificaram muitas instituições religiosas para servir a causa da verdade bíblica e do reino de Cristo. Foi uma época em que o comportamento e as expectativas cristãs diferiam sensivelmente daquelas encontradas na cultura. Hoje raramente diferem. O mundo evangélico de hoje está perdendo sua fidelidade bíblica, sua bússola moral e seu zelo missionário.
Arrependamo-nos de nosso mundanismo. Fomos influenciados pelos "evangelhos" de nossa cultura secular, que não são evangelhos. Enfraquecemos a igreja pela nossa própria falta de arrependimento sério, tornamo-nos cegos aos pecados em nós mesmo que vemos tão claramente em outras pessoas, e é indesculpável nosso erro de não falar às pessoas adequadamente sobre a obra salvadora de Deus em Jesus Cristo.
Também apelamos sinceramente a outros evangélicos professos que se tenham desviado da Palavra de Deus nos assuntos discutidos nesta declaração. Incluímos aqueles que declaram haver esperança de vida eterna sem fé explícita em Jesus Cristo, os que asseveram que quem rejeita a Cristo nesta vida será aniquilado em lugar de suportar o juízo justo de Deus pelo sofrimento eterno e os que dizem que os evangélicos e os católicos romanos são um em Jesus Cristo, mesmo quando a doutrina bíblica da justificação não é crida.
A Aliança de Evangélicos Confessionais pede que todos os crentes dêem consideração à implementação desta declaração no culto, ministério, política, vida e evangelismo da igreja.
Em nome de Cristo. Amém.

Aliança de Evangélicos Confessionais.
Cambridge, Massachusetts
20 de abril de 1996.
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Fonte:
REFORMA HOJE: Uma convocação feita pelos evangélicos confessionais. Autores: James M. Boice, Gene Edward Veith, Michael Horton, Sinclar Ferguson e outros. Editora Cultura Cristã

VIA: PASTOR JOÃO NOGUEIRA DE LIMA