"Now the Spirit speaketh expressly, that in the latter times some shall depart from the faith, giving heed to seducing spirits, and doctrines of devils; Speaking lies in hypocrisy;having their conscience seared with a hot iron;"1 Timothy 4:1-2

terça-feira, 22 de maio de 2012

Hermenêutica Bíblica



Uma das grandes deficiências de muitos crentes e principalmente pregadores é a falta do conhecimento das regras da Hermenêutica Bíblica para a pregação da Palavra. Com isso é comum ouvirmos determinados absurdos, que, muitas vezes, acabam causando enormes contradições doutrinárias e até mesmo as famosas “heresias de púlpito”.

A hermenêutica que aqui me refiro é a ciência que estabelece os princípios, leis e métodos de interpretação. As pessoas pensam que basta apenas ler a Bíblia e o Espírito Santo faz o restante. Sim, é claro que o Espírito Santo age no momento em que lemos a Bíblia. Ele nos dá a iluminação dos textos, mas o Espírito acaba encontrando limites para atuar de forma mais abrangente, pois encontra na vida de muitos cristãos o comodismo na busca do crescimento no conhecimento da Bíblia, entre eles a forma correta de interpretar as Sagradas Escrituras.

Na sua origem e raiz encontramos três tipos de hermenêutica que nasceram da tradição de leitura e interpretação de diferentes corpos textuais: Hermenêutica jurídica, filológica e teológica. A abrangência da disciplina alcança diferentes escalas, mas em todas as abordagens a hermenêutica possui as mesmas características de ação.

1. A Hermenêutica Jurídica

O Dr. Paulo Fernandes Trindade define a Hermenêutica Jurídica como “a técnica específica que visa compreender a aplicabilidade de um texto legal”. A Hermenêutica Jurídica possui também alguns métodos de aplicação. Na verdade, são regras técnicas que visam à obtenção de um resultado. Com elas procuram-se orientações para os problemas de decidibilidade dos conflitos.

2. Hermenêutica Filológica

Do grego antigo, “amor ao estudo, á instrução”. É a ciência que estuda uma língua, literatura, cultura ou civilização sob uma visão Histórica, a partir de documentos escritos.

A hermenêutica filológica é responsável por fazer o leitor entender a literatura em sua mais ampla visão. Nesta visão estão os mistérios das diversas culturas, de uma língua e todo um revestimento histórico.

Com isso precisamos entender que não basta apenas ler um livro histórico, fazer uma leitura viajante sem interpretar a História. Essa interpretação filológica é feita pelo ponto de vista crítico e investigativo, encontrando seus valores, ensinos, particularidades e questões gerais.

3. Hermenêutica Teológica

A Hermenêutica Teológica que tem no seu cerne a texto bíblico deixa claro em que medida o texto original deve ser tratado com uma especial atenção. É a disciplina da Teologia Exegética que não só ensina as regras de interpretação, mas também a maneira de aplicá-las corretamente. É a ferramenta que aborda com profundidade os textos sagrados nos seus preciosos capítulos e versículos.

O termo Hermenêutica procede do verbo grego hermeneuein, usualmente traduzido por “interpretar”, e do substantivo hermeneia que significa“interpretação”. Tanto o verbo quanto o substantivo podem significar “traduzir, tradução”.

O que é então Exegese?

Exegese é o estudo cuidadoso e sistemático de um texto para comentários, visando o esclarecimento ou interpretação do mesmo. É o estudo objetivando subsidiar o passo da interpretação do método analítico da hermenêutica. Este estudo é desenvolvido sob as indagações de um contexto histórico e literário. Sendo assim, a hermenêutica é a ferramenta de interpretação e a exegese, a maneira como usar essa ferramenta.

A palavra Exegese, do grego eksegesis, cujo significado é “explicar, interpretar, contar, descrever, relatar”. Significa, segundo o contexto, narrativa, explicação, interpretação.

O termo é formado pela aposição do final “isis”, expressivo de ação, ao tema verbal composto, ek+hegeomai, cujo significado é “tiro, extraio, conduzo fora”. A exegese é, pois, a extração dos pensamentos que assistiam ao escritor ao redigir determinado documento.

A Exegese refere-se a idéia de que o interprete está derivando o seu entendimento do texto, em vez de incutir no texto o seu entendimento. Teologicamente a exegese utiliza-se de modos formais de explicação, que são aplicados a passagens bíblicas.

Por isso, o termo exegese significa, como interpretação, revelar o sentido de algo ligado ao mundo do humano, mas a prática se orientou no sentido de reservar a palavra para a interpretação dos textos bíblicos. Exegese, portanto, é a denominação que se confere à interpretação das Sagradas Escrituras desde o século II da Era Cristã. Orígenes, cristão egípcio que escreveu nada menos que 600 obras, defendia a interpretação alegórica dos textos sagrados, afirmando que estes traziam, nas entrelinhas de uma clareza aparente, um sentido mais profundo.


O inimigo da Exegese: A Eisegese

Enquanto a exegese consiste em extrair o significado de um texto qualquer, mediante legítimos métodos de interpretação, a Eisegese consiste em injetar em um texto, alguma coisa que o intérprete quer que esteja ali, mas que na verdade não faz parte do mesmo. Sendo assim, a eisegese consiste em manipular o texto para dizer o que ele não diz. Jamais confunda Exegese com Eisegese.

Existem de fato três tipos de argumentos quanto a interpretação bíblica, que podem revelar a presença da eisegese: Argumento bíblico, extra bíblico e antibíblico.

O Argumento bíblico surge quando se considera o que realmente está escrito, ou seja, a interpretação é baseada justamente no que está registrado, sem acréscimo ou extração. Como exemplo podemos usar a passagem de Mateus 14. 25 onde registra “Jesus andando sobre o Mar”. O argumento bíblico é aquele que afirma que Jesus não correu sobre o mar, bem menos que ele se arrastou sobre o mar, mas conforme está escrito “andou”. Não encontramos aqui nenhuma possibilidade para a influência da eisegese.

O Argumento extra bíblico por sua vez trabalhará com uma interpretação dentro de uma lógica ou análise correta cujo resultado não afetará o texto. É aquilo que não está escrito, mas que também está coerente com o que está registrado. Vamos usar o mesmo exemplo. O pregador poderia dizer “Jesus andou sobre o mar e o vento balançava suas vestes”. Se considerado o argumento bíblico essa frase está totalmente errada, pois o texto não diz que o vento balançava as vestes do Mestre. Mas usando a lógica na interpretação veremos que em auto-mar é comum o agir do vento, principalmente em meio a uma tempestade, como detalha o versículo anterior: “o vento era contrário” (v. 24). O grande problema é que a maioria dos pregadores, buscando usar um argumento extra-bíblico, acabam enredando para as incansáveis conjecturas e causando grande contradição com Verdades doutrinárias e até mesmo criando heresias. Isto é, uma falta de cuidado criará a eisegese, no lugar da exegese.

Argumento Antibíblico, como o nome já diz, se trata de uma argumentação que fere a doutrina bíblica e os fundamentos da Palavra. Usando o mesmo texto ficaria assim: “Jesus andou sobre ao mar e quase que afundou”. Talvez não veríamos problema algum em entender que Jesus poderia ter quase afundado visto que o mar estava muito agitado. Seria até uma tentativa extra bíblica. Mas a grande verdade é que, se Jesus quase afundou isso significa que ele não teve tanto poder assim para andar sobre o mar. E se ele não teve poder suficiente para andar sobre o mar, muito menos posso questionar sua autoridade para acalmar uma tempestade como registra outros relatos. Sendo assim esse argumento é herético, antibíblico. Eis aí uma raiz da eisegese.

Conclusão

Concluo lembrando que deve o exegeta possuir qualidades espirituais, principalmente o temor e a reverencia ao Espírito Santo em seu ministério de ensino e exposição bíblica. O homem espiritual, segundo Paulo, é o crente que tem capacidade de julgar, de discernir, de compreender todas as verdades espirituais. O crente maduro sabe se comportar frente aos desafios que a interpretação bíblica requer.

Deve ser cheio do Espírito, isso significa ter uma vida de comunhão e intimidade com Deus. Para conhecer profundamente o significado da Bíblia, o intérprete deve entender que o conhecimento adquirido pelo estudo tem como base a ação do Espírito Santo na vida daqueles que buscam crescimento. A carência de sensibilidade com o Espírito Santo incapacita o exegeta para captar com profundidade o significado das passagens bíblicas.

O hermeneuta reconhece o valor das línguas sagradas. Sabe que uma consistente extração da verdade depende, a certo ponto, do conhecimento das línguas bíblicas. Por isso se dedique ao conhecimento do grego e hebraico bíblico. Além das línguas originais também da história dos povos bíblicos, da geografia palestina, arqueologia do Oriente Médio, etc.

Enfim, a interpretação bíblica perfeita é feita por um conjunto de regras e princípios, conduta, espiritualidade, e ação de Deus na vida do leitor. Contudo, a melhor interpretação é aquela cujo efeito edifica e desperta vidas com o poder de Palavra, e leva pessoas à Cristo para a experiência da salvação.

Fonte: [ NAPEC ]

VIA: PASTOR JOÃO NOGUEIRA DE LIMA

APRENDENDO A ORAR



Dia desses ouvi numa ministração esta afirmação: Precisamos aprender a orar. Em princípio me soou fora de propósito esta afirmação Falar uma coisa dessas para uma igreja cheia de crentes, é considerar que muitos de nós ainda desconhecem os segredos da oração. Bem você pode dizer: orar é conversar com Deus. E esta afirmação tua é correta. Mas o que o pastor nos passou naquela noite é que oração é uma conversa íntima com Deus. E que sempre que entramos na presença dele temos que apresentar argumentos para que nossa oração seja atendida.

Se você já torceu o nariz para a primeira afirmação então lá vai uma outra. que o pastor usou para fundamentar a ministração daquela noite. Ele lembrou que o maior inimigo de Deus também ora. E o que é mais cristalino, conforme mostrou o mensageiro na Palavra do Senhor. Deus às vezes, dá ouvidos à oração de Satanás. Não que Ele tenha prazer nisto. Mas é para mostrar a Satanás, que os escolhidos de Deus, sempre vão prevalecer, quando requeridos pelo inimigo.

Há duas situações na Bíblia em que devemos refletir para entender mais o poder que há na oração. Lembra o livro de Jó 1-6 a 12. Com certeza Deus não recebeu Satanás com tapete vermelho quando ele se apresentou entre os filhos de Deus. Mas o nosso inimigo teve um particular com Deus naquele dia. Deus até perguntou: De onde vens? Ao que Satanás respondeu. De rodear a terra. Alegre com Jó, Deus esticou a conversa perguntando ao diabo: Observaste o meu servo Jó, homem sincero, reto e que se desvia do mal? O inimigo que só veio para matar, roubar e destruir, requereu então o direito de tocar em tudo que Jó tinha, e acabou obtendo-o.

Jó foi provado perdendo em princípio tudo o que tinha, mas manteve-se fiel, ao ponto de afirmar: Eu sei que o meu redentor vive. A fidelidade daquele homem de Deus foi tanta, que ao final Deus requereu que aqueles "amigos" procurassem a Jó para orasse por eles (Jó 42-8).

Outra citação de que o inimigo conspira contra os eleitos de Deus está no livro de Lucas. Jesus conta a Pedro que Satanás o requereu para cirandar como o trigo, mas que Ele, Jesus, rogou ao Pai para que a fé de Pedro não desfalecesse. E tanto pelas passagem de Jó quanto de Lucas aprendemos o que é orar. Não é simplesmente falar como Deus. Isto até o nosso inimigo e adversário de Deus consegue. E mais do que isto. Ele até parcial e temporariamente, tem sua oração respondida.

Orar é principalmente fazer a vontade de Deus. Foi por isto que quando os discípulos pediram a Jesus que os ensinasse a orar ele lembrou; Pai Nosso...... seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. Muitos oram, Mas talvez orem como Satanás, querendo o que é mal. Ou como os amigos de Jó, desagradando a Deus. E quem lê Jó pode concluir que com amigos como aqueles, Jó nem precisava de inimigos. Até fiz uso desta expressão, amigos de Jó, há duas pessoas que um dia tentavam me justificar o injustificável.

Orar é cumprir papel de intercessor. Como Jesus ensina na parábola do bom samaritano. Porque Deus nos quer ver como verdadeiros sacerdotes. Leia lá no livro de Apocalipse 1-5 e 6: Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre.

Foi como sacerdote que Jesus se colocou em favor de Pedro. E é desta forma que precisamos nos colocar em relação aos homens. Até porque que cristãos seremos se nos calarmos diante de injustiças? De que nos valerá a religiosidade, se consentirmos com a perversão do direito do órfãos e das viúvas. A oração só agrada a Deus quando fazemos bem aos homens, mesmo tendo eles nos feito mal... Em Romanos 12- 14 Paulo ensina: Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis e do 17 ao 21 acrescenta: A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.

Dia desses, ouvi de uma profetiza: Deus manda te dizer: todos que te humilharam e desprezaram estão em minhas mãos. Eu vou tratar com eles. Naquele momento intercedi por todos eles. Eu sei: horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Entre orar por você e pelos outros, escolha orar pelos outros. E assim vai estar fazendo a vontade de Deus. Ele mesmo afirma na sua palavra: Misericórdia quero e não juizo. 
Creio que aprendi a orar.


FONTE:http://www.jesussite.com.br

VIA: PASTOR JOÃO NOGUEIRA DE LIMA