"Now the Spirit speaketh expressly, that in the latter times some shall depart from the faith, giving heed to seducing spirits, and doctrines of devils; Speaking lies in hypocrisy;having their conscience seared with a hot iron;"1 Timothy 4:1-2

domingo, 16 de outubro de 2011

" Até ser Cristo formado em vós "


A frase do título é parte de um texto de Paulo dirigido aos Gálatas. Ele diz: "meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós" (Gl 4.19). O tratamento de Paulo é

carinhoso com aquela comunidade. Ele os trata de “meus filhos”, literalmente minhas criancinhas. Isso, por si só, revela o relacionamento entre o apóstolo e aqueles filhos espirituais. Certamente, sua intenção é, além de expressar seus sinceros sentimentos, convencê-los a respeito do alvo de Deus para os seus filhos. Ainda dentro da metáfora de família, Paulo pensa no privilégio feminino de gerar filhos e expõe seu entendimento sobre o nascimento na família de Deus. Com ele, aprendemos que espiritualmente todos podem gerar filhos. Assim, o cristão genuíno, após nascer de novo, recebe a incumbência e é capacitado para produzir filhos. Paulo não poderia ter usado outra figura melhor para descrever sua relação com os convertidos gálatas. Paulo pinta um quadro de alegria e responsabilidade!
Contudo, nem tudo nessa relação foi alegria. Ele diz que “de novo, sofre as dores de parto”. Ele está lembrando-se de quando apresentou o evangelho pela primeira vez a eles. Foi uma relação construída no cenário de sofrimento e cooperação. "E vós sabeis que vos preguei o evangelho a primeira vez por causa de uma enfermidade física. E, posto que a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo, não me revelastes desprezo nem desgosto; antes, me recebestes como anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus. Que é feito, pois, da vossa exultação? Pois vos dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar" (Gl 4.14-15).
Mas, o que o apóstolo quer dizer com “de novo”? A questão em vista é que essa relação parece estar sendo ameaçada pelos judaizantes. Estes, por sua vez, não acreditavam na suficiência da cruz de Cristo para salvação e afirmavam ser necessário continuar observando a lei judaica. Por isso, Paulo externa sua angustia em pensar que pode ter trabalhado em vão. "Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco" (Gl 4.11). De fato, é esse o sentimento que muitas vezes pastores, pais, líderes, discipuladores sentem quando os “filhos” se encantam com ensinos de “outro evangelho” (Gl 1.6). Por vezes o que ensinamos em meio a tanto sofrimento e tempo escasso parece que não surtiu efeito. Nesses momentos bate um desânimo!
A atitude de paciência, amor e dedicação de Paulo me impressiona. Às vezes não queremos pagar o preço de ensinar “de novo”. Infelizmente, nossos “filhos” são seduzidos e capturados por doutrinas estranhas. Contudo, isso acontece nas melhores famílias. Todavia, precisamos do espírito paulino, com amor e empenho ensinar “de novo”. E é isso mesmo, não há outro jeito de formar alguém senão pelo sofrimento e trabalho. É preciso entender que a formação que Paulo fala é um processo, não instantânea. A própria palavra formar implica em empenho contínuo. Nesta perspectiva, há muitas dores de parto a serem sentidas ainda. Assim, devemos fazer tudo que for biblicamente correto no propósito de ver Cristo sendo formado nas pessoas. Que privilégio ser usado por Deus para a edificação de alguém. Portanto, mexam-se, descruzem os braços e comecem a ensinar a Palavra. O discipulado só será concluído no céu

AUTOR: Pr. Humberto Medeiros


VIA: PASTOR JOÃO NOGUEIRA DE LIMA


FONTE: WWW.IGREJAMANACIAL.COM.BR
.