"Now the Spirit speaketh expressly, that in the latter times some shall depart from the faith, giving heed to seducing spirits, and doctrines of devils; Speaking lies in hypocrisy;having their conscience seared with a hot iron;"1 Timothy 4:1-2

sexta-feira, 22 de julho de 2011

VOCÊ ESTÁ EM QUAL IGREJA?




Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu.  Apocalipse 3:17










LAODICÉIA ?



Os historiadores nos informam que antigamente havia uma cidade com esse nome na Turquia, cujas ruínas agora são chamadas “Castelo Velho” (“Eski-hissar”). Inicialmente teve o nome de Diospolis, depois Roas, mas foi reconstruída recebendo o nome de Laodicéia, dado pelo rei Antíoco II, rei da Síria, em honra da sua esposa Laodice. No entanto o nome Laodicéia (grego Laodikiâi) é significativo, pois se traduz como “só povo” ou “povo reinante”.
É mencionada na Bíblia (Colossenses 2:1, 4:15 e Apocalipse 1:11), porque nos primórdios do cristianismo havia ali uma igreja de irmãos convertidos pela pregação inicial do Evangelho através da Ásia Menor. Os habitantes da cidade eram opulentos por causa do grande comércio na região e orgulhavam-se da sua relativa independência política e econômica. Essa atitude acabou se permeando na igreja que ali se formou.
Nas cartas proféticas às sete igrejas, nos capítulos 2 e 3 do Apocalipse, a igreja de Laodicéia figura em último lugar. As sete igrejas existiam quando o livro do Apocalipse foi escrito, e a situação em que se encontravam era a que encontramos descrita. As cartas sem dúvida não são apenas uma advertência a elas, mas a todas as igrejas que estiverem apresentando os mesmos males através dos séculos, até os dias de hoje.
Existe ainda o aspecto profético, tornando-se mais evidente em nossos dias quando podemos examinar a história do cristianismo desde o seu início, e verificamos que, de uma maneira geral, o caráter do cristianismo tem acompanhado de uma maneira surpreendente a seqüência das características das sete igrejas. Sem dúvida não se trata de uma coincidência fortuita, mas do cumprimento de uma maravilhosa profecia. A última igreja é a de Laodicéia, e a natureza do cristianismo em geral em nossos dias é como a dela.
A igreja de Laodicéia é retratada em Apocalipse 3:14 a 22 (*) como sendo uma igreja arrogante, orgulhosa da sua “autonomia” - tão independente que faz o que lhe compraz - mas tão distante de Cristo que Ele bate à porta para que alguém O deixe entrar. Laodicéia é típica da maioria das igrejas que se chamam cristãs em nosso tempo. Regra geral, consideram-se ricas e auto-suficientes, estão bem equipadas com edifícios e recursos humanos e materiais, e têm poder político e econômico.
São, no entanto, governadas por homens ao invés de o serem pela Palavra de Deus: seus líderes são, na maioria das vezes, eleitos democraticamente, conforme as preferências dos seus membros (2 Timóteo 4:3-4), ao invés de se reconhecerem aqueles que têm as necessárias qualidades espirituais (1 Timóteo 3, Tito 1) como dons de Deus para a igreja (Efésios 4:11-12).
Essas igrejas são inúteis para o Senhor porque não pregam o Seu Evangelho, nem almejam manter-se imaculadas do mundo (Tiago 1:27) estando conseqüentemente conformadas com ele. São cegas com relação às coisas espirituais, sem discernimento, sem esperança quanto à vida eterna, e não aguardam o retorno de Cristo (2 Pedro 2:1-22, 3:3-4).
A igreja local tem as características dos membros que a compõem. Se desejarmos que nossa igreja não venha a se assemelhar com a igreja de Laodicéia, devemos começar por nós próprios. Devemos já ter aberto as portas dos nossos corações a Jesus Cristo e Ele deve ser o Senhor das nossas vidas - não só em palavras, mas em toda a realidade.
Paulo já prevenia: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm… eu não me deixarei dominar por nenhuma e… nem todas as coisas edificam” (1 Coríntios 6:12 e 10:23). Notemos que “convir” implica em mais do que uma simples opção ao gosto de cada um, mas é a maneira de andar e agradar a Deus (1 Tessalonicenses 4:1).
Em suas cartas, Paulo escreve sobre muitas coisas que convêm, ou não convêm, por exemplo:
  • “Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12:3). Paulo nos instrui a sermos modestos, usando os dons e talentos que Deus nos dá, não pensando de nós próprios mais do que convém. Fazemos uma imagem pessoal própria, mas essa imagem deve ser moderada pela “”: neste caso “” é o conhecimento e experiência do Evangelho de Cristo que Deus nos proporcionou. Cuidado para não nos considerarmos mais capacitados do que realmente somos.
  • "Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual como também de nenhuma espécie de impureza e de cobiça; pois essas coisas não são próprias para os santos” (Efésios 5:3 - NVI). Hoje estes são considerados pelo mundo como assuntos banais, corriqueiros, que enchem o noticiário, as revistas, os livros, a televisão, a internet. Devemos afastá-los ao ponto de nem sequer mencioná-los entre nós.
  • “Não haja obscenidade, nem conversas tolas, nem gracejos imorais, que não convêm; mas antes, ações de graças” (Efésios 5:4 - NVI). Lembremos que “a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno” (Tiago 3:6). A língua precisa ser controlada cuidadosamente.
  • “Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no Senhor” (Colossenses 3:18). Este é um mandamento sábio, e o seu cumprimento pode salvar muitos casamentos.
  • “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Colossenses 4:6). Novamente o assunto é o controle da língua - é preciso sabedoria para falarmos uns com os outros de forma agradável. Interessante que ele fala de sal como tempero, e não um adoçante como o mel. Isto é algo que merece reflexão.
  • “Assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez mais” (1 Tessalonicenses 4:1). Paulo estava convicto que o seu ensino procedia de Deus, e Pedro o confirmou (2 Pedro 3:15-16). As epístolas “paulinas” fazem parte da Palavra de Deus, integralmente.
  • “Ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor…” (2 Timóteo 2:24). Todos os que recebem a Jesus Cristo como seu Senhor fazem-se Seus servos. Esta deve ser a atitude de todos nós. “Contender” é discutir de forma agressiva. Argumentar com mansidão é construtivo se temos aptidão para ensinar, mas envolve paciência e mesmo sofrimento às vezes.
  • “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina” (Tito 2:1). A sã doutrina precisa ser aprendida, e a fonte é a Palavra de Deus somente. O Espírito Santo tem dotado as igrejas com “doutores” (1 Coríntios 12:28). Eles foram especialmente úteis no início, quando as igrejas não dispunham do Novo Testamento (Atos 13:1), e continuaram através dos tempos assegurando que as igrejas seguissem a verdade e afastassem os falsos ensinadores.
  • “Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas” (Hebreus 2:1). Essa diligência é essencial para todos nós, pois os desvios surgem a cada passo.
Estes são apenas alguns exemplos do que convém a cada um de nós. A igreja em que todos os seus membros diligenciarem para fazer aquilo “que convém”, conforme aprendemos pelas Escrituras, se porá a salvo da influência da Laodicéia que nos cerca. Essa igreja saberá que a sua “autonomia” está sujeita ao Supremo Pastor, o Senhor Jesus, que a dirige por meio do Espírito Santo que habita em cada um dos que O recebem como Senhor e Salvador.
A Sua Palavra nos ensina como a igreja local deve ser organizada e conduzida, como um organismo, pelos Seus servos. É necessário haver ordem e disciplina, cada membro tomando parte ativa conforme o dom que lhe é dado. A igreja local é o corpo do qual o Senhor Jesus Cristo é a Cabeça. Esta sujeição deve ser vista em todas as suas atividades.
Laodicéia nos cerca, e é atraente aos mais novos na fé por causa da falsa “liberdade” que promove. Mas esquecem que ao receber Jesus Cristo como Senhor pessoal, eles passam a ser Seus servos. Lembremos que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e Ele deseja e merece toda a nossa reverência e atenção.
Quantos têm o costume de se referir ao Senhor apenas como “Jesus”, como se Ele estivesse em pé de igualdade conosco! A partir da Sua ressurreição, Deus o fez Senhor e Cristo (Atos 2:36), e isto deve ser bem evidente em nossa adoração.
Pouco vale um estrepitoso “louvor” em que o ensurdecer dos instrumentos abafa a sincera adoração das almas redimidas. Verifiquemos a letra dos cânticos, se ela se conforma com a Palavra de Deus, se Deus Pai e o Senhor Jesus são realmente louvados. São muitos os cânticos que exaltam o “eu” - veja quantas vezes aparece!
Concluindo, toda igreja local tem o caráter de cada um dos seus membros somado ao dos demais. Cada um será julgado por si próprio quando comparecer ao tribunal de Cristo (Apocalipse 2:23), e “já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração. Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros… Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém.” (1 Pedro 4:7-11).
(*) Nota: sobre a profecia do Apocalipse, clique aqui

 AUTOR: R David Jones

FONTE: http://www.bible-facts.info/artigos/laodiceia.htm

VIA: PASTOR JOÃO NOGUEIRA DE LIMA

"Quando a escola é o espaço do inferno"


Artigo de Ruth de Aquino em Época Online, 15.07.2011. 

Quase 1.000 alunos são punidos, suspensos ou expulsos por dia nas escolas. Quase 1.000 por dia, alguns com 5 anos de idade! Por abusos verbais e físicos. No ano passado, 44 professores foram internados em hospitais com graves ferimentos. Diante do quadro-negro, o governo decidiu que professores poderão “usar força” para se defender e apartar brigas. E poderão revistar estudantes em busca de pornografia, celulares, câmeras de vídeo, álcool, drogas, material furtado ou armas.

Achou que era no Brasil? É na Grã-Bretanha.

Os dados são de um relatório governamental. “O sistema escolar entrou em colapso”, diz Katharine Birbalsingh, demitida do Departamento de Educação depois de criticar a violência nas escolas públicas inglesas. “Os professores acabam sendo culpados pela indisciplina. A diretoria da escola estimula essa teoria, os alunos a usam como desculpa e até os professores começam a acreditar nisso. Eles não pedem ajuda com medo de parecer incompetentes.”

Os alunos jogam a cadeira no mestre, chutam a perna do mestre, empurram, xingam. Ou furam o mestre com o lápis, fazem comentários obscenos, estupram, ameaçam com facas. Alguns são casos extremos pinçados pela imprensa. Os números na Grã-Bretanha preocupam. Mostram que as escolas precisam restaurar a autoridade perdida. Muitos professores abandonaram a profissão por se sentir impotentes. Educadores mais rigorosos pregam tolerância zero com alunos bagunceiros e que não fazem seu dever de casa.

As reflexões de lá são iguais às de cá. A violência nas escolas seria uma continuação do lado de fora, na rua e nos lares. A hierarquia cai em desuso. Valores e limites, que quer dizer isso mesmo? Crianças e adolescentes não respeitam ninguém. Nem os pais, nem as autoridades, nem os vizinhos, os porteiros, os pedestres, os colegas, as namoradas. Há uma falta de cerimônia, pudor e educação no sentido mais amplo.

E aí a culpa é jogada nos pais. Por não mostrarem o certo e o errado. Não abrirem um tempo de qualidade com os filhos. Esquecê-los em frente a um computador ou televisão. O de sempre. O aluno que peita o professor também xinga os pais. Aric Sigman, da Royal Society of Medicine, em Londres, autor do livro The spoilt generation (A geração mimada) , afirma que, hoje, até criancinhas nas creches jogam objetos e cadeiras umas nas outras. “Há uma inversão da autoridade. Seus impulsos não são controlados em casa. É uma geração mimada que ataca especialmente as mães”, diz ele.
Muitos professores abandonam o ensino por se sentir impotentes diante da violência dos alunos

E o que o governo britânico faz? Manda o professor revidar. Até agora, ele era proibido de tocar no aluno, mesmo ao ensinar um instrumento numa aula de música. A nova cartilha promete superpoderes aos professores. Mestres, usem “força razoável”, vocês agora têm a última palavra para expulsar um aluno agressivo, revistem mochilas suspeitas. Dará certo? Não acredito. Sem diálogo e consenso entre famílias, escolas, educadores e psicólogos, esse pesadelo não tem fim.

No Brasil, a socióloga Miriam Abramovay, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), admite que os professores passaram a ter medo. Numa pesquisa para a Unesco em Brasília, em 2002, um depoimento a chocou: “Um professor me disse que ia armado para a escola. Como se fosse uma selva. Isso mostra total descrença no sistema”. Ela acha que o Brasil está investindo dinheiro demais em bullying, mas esquece todo o resto: “Nossa escola é de dois séculos atrás”. Os ataques aos professores não se limitam à sala de aula. Carros dos mestres são arranhados, pneus são furados. Eles não têm apoio nem ideia de como reagir. Muitos trocam de escola ou abandonam a profissão.

Quando Cristovam Buarque era ministro de Lula, tinha, com Miriam, um projeto nacional de “mediação escolar” para prevenir conflitos, melhorar o ambiente e estimular o aprendizado. “Paulo Freire dizia que a escola era o espaço da alegria, do prazer, mas assim ela se torna o espaço do inferno”, diz Miriam. O projeto não vingou. Cristovam abandonou o barco por sentir que Educação não era prioridade nos investimentos. E continua não sendo. Deveria ser nossa obsessão.





  VIA: PASTOR JOÃO NOGUEIRA DE LIMA

 "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele". PV 22:6